Desinformação e vilanização: as fake news para públicos religiosos nas eleições brasileiras de 2022

Autores

  • Marco Túlio de Sousa Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP), Brasil https://orcid.org/0000-0003-0186-7266
  • Reinaldo Maximiano Pereira Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), Brasil https://orcid.org/0000-0002-5957-0601
  • Jênifer Rosa de Oliveira Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Brasil
  • Brígida Gonçalves Magalhães Silva Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), Brasil
  • Letícia Costa Paolinelli Barroso Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), Brasil

Resumo

O texto apresenta resultados de uma investigação sobre fake news sensíveis a públicos religiosos no contexto das eleições presidenciais brasileiras de 2022.  Tendo em referência a discussão teórica sobre desinformação (Correia, 2019; Gomes, Dourado, 2019) na atualidade, foram selecionados materiais identificados como fake news pelo Coletivo Bereia e pela Agência Lupa no período eleitoral que traziam pautas sensíveis a públicos religiosos. Tais publicações foram analisadas a partir de três categorias previamente estabelecidas: vilão, vítima e herói. Procurou-se identificar também os temas predominantes e quem seriam os mais prejudicados pelas fake news. Os resultados apontam uma predominância de conteúdos prejudiciais à setores da esquerda e, consequentemente, favoráveis ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Além disso, observou-se que a categoria “vilão” esteve presente em número significativamente superior aos da de herói, o que reforça a existência de um processo de desqualificação da política, levando-nos a propor a vilanização como potencial característica das fake news. 

Biografias Autor

Marco Túlio de Sousa, Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP), Brasil

Doutor em Comunicação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), mestre em Comunicação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e graduado em Comunicação Social (Jornalismo) pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).  Interessa-se por pesquisas relacionadas a mídia e religião. ´´É professor dos cursos de Comunicação do Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP).

Reinaldo Maximiano Pereira, Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), Brasil

Doutor em Comunicação Social (UFMG, 2018), mestre em Literaturas de Língua Portuguesa (PUC Minas, 2007), especialista em Jornalismo e Práticas Contemporâneas (UNI-BH, 2002) e jornalista (UNI-BH, 2000). Professor universitário vinculado à UEMG/Divinópolis nos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda. Está credenciado como professor colaborador do Programa de Pós-graduação em Tecnologias, Comunicação e Educação, da UFU (desde 2019). 

Jênifer Rosa de Oliveira, Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Brasil

Doutora em Comunicação Social pelo Programa de Pós Graduação em Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mestra em Comunicação pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e graduada em Comunicação Social - Jornalismo e Relações Públicas - pela UFMG.

Brígida Gonçalves Magalhães Silva, Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), Brasil

Jornalista graduada pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG).

Letícia Costa Paolinelli Barroso, Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), Brasil

Graduanda em Jornalismo pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), bolsista PAPq/UEMG pelo edital 11-2022.

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Publicado

2024-05-31

Edição

N.º 38 (2024): Dialogues and Polarization: (Im)probable communication in the mediated public sphere

Secção

Artigos

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