Estratégias de interdições da comunicação: rupturas da democracia comunicada

Autores

  • Pedro Pinto de Oliveira Universidade Federal de Mato Grosso

Palavras-chave:

comunicação, política, filosofia, mídia, performance

Resumo

Apresentamos uma proposta de análise sobre as dificuldades da comunicação política na sociedade con- temporânea em crise de valores e com a emergência de radicalizações nos embates na cena pública mi- diatizada. Nosso eixo teórico é a noção relacional da comunicabilidade, desenvolvida a partir das obras dos filósofos John Dewey e Alfred Schutz, e o conceito de performance do sociólogo Erving Goffman. Na interseção da Comunicação e Política, examinamos as estratégias comunicativas num estudo múltiplo de casos de diferentes figuras públicas. Como as instâncias da comunicabilidade, instrumental e final, são acionadas na interação com os públicos ocasionando mais rupturas do que diálogos na democracia comunicada ou mais interdições do que conflitos que dinamizam o mundo da vida.

Referências

Agamben, G. (2015). Meios sem fim – Notas sobre política. Belo Horizonte: Autêntica Editora.

Arendt, H. (1995). Verdade e política. Lisboa: Relógio D’Água Editores.

Braga, J. L. (2006). A sociedade enfrenta sua mídia. São Paulo: Paulus.

Braga, J. L. (2006). Sobre “mediatização” como processo de referência. XV Compós. Bauru/SP.

Carlson, M. (2009). Performance: uma introdução crítica. Belo Horizonte: Editora UFMG.

Correia, J. C. (2005). A teoria da comunicação de Alfred Schutz. Lisboa: Livros Horizonte.

Correia, J. C. (org) (2002). Comunicação e poder. Covilhã/Portugal: Universidade da Beira Interior.

Dewey, J. (1950). Logica. Teoría de la investigación. México: Fondo de Cultura Econômica.

Dewey, J. (1929). Experience and nature. London: George Allen And Unwin.

Franco, A. de & Pogrebinschi, T. (orgs.) (2008). Democracia cooperativa – escritos políticos escolhidos de John Dewey. Porto Alegre: EDIPUCRS.

Goffman, E. (1959). The presentation of self in everyday life. New York: Doubleday Anchor Books.

Goffman, E. (1974). Frame analysis: an essay on the organization of experience. Londres: Harper and Row.

Joas, H. (2002). Creatividad, acción y valores. México: Universidad Autónoma Metropolitina; Unidad Iztapalapa.

Mead, G. H. (2008). La filosofia del presente. Madrid: Centro de Investigaciones Sociológicas.

Oliveira, P. P. (2014). Contribuições do pragmatismo e da fenomenologia social para um roteiro de análise da globalidade do processo comunicativo midiatizado. In B. D. Moreira (org.), Interfaces sociais e textualidades midiáticas. Cuiabá, MT: EdUFMT.

Oliveira, P. P. (2017). From Schutz to Dewey: communication and everyday life. Revista Estudos em Comunicação, 1(25), 163-175. Doi: 10.20287/ec.n25.v1.a10.

Pogrebinschi, T. (2005). Pragmatismo – Teoria social e política. Rio de Janeiro: Relume Dumará.

Quéré, L. (2003). Le public forme et comme modalité d’experiencie. In D. Cefai & D. Pasquier (orgs.), Les sens du public. Publics politiques, publics médiatiques (pp. 113-133). Paris: Presses universitaires de France.

Schechner, R. (2006). What is performance?. In Performance studies: an introduction, second edition (pp. 28-51). New York & Londres: Routledge.

Schutz, A. (2012). Sobre fenomenologia e relações sociais. Petrópolis (RJ): Vozes. Simmel, G. (2008). De la esencia de la cultura. Buenos Aires: Prometeo Libros. Strauss, A. L. (1999). Espelhos e máscaras: a busca da identidade. São Paulo: Edusp.

Downloads

Publicado

2018-06-04