Le récit de soi et la production de la parole politique de la victime dans les posts sur les réseaux sociaux numériques

Auteurs

  • Angie Biondi Universidade Tuiuti do Paraná (UTP)
  • Angela Cristina Salgueiro Marques UFMG

Mots-clés :

Énonciation, Récit de Soi, Victime, Réseaux Sociaux Numériques, Politique

Résumé

L’objectif de cet article est d’étudier les manières dont des femmes victimes d’agression sexuelle élaborent, sur des réseaux sociaux comme le Facebook, leurs posts en tant qu’une énonciation de «récits de soi» (Butler, 2015). Le parcours méthodologique vise analyser la façon dont ces récits convoquent une adhésion aux expériences de douleur et souffrance qui traversent différents domaines d’affinité et qui figurent comme appel à la responsabilité éthique. Notre effort analytique privilégie les matérialités langagières de quelques exemplaires récents publiés sur les réseaux sociaux numériques. Ces récits révèlent un certain travail éthique de construction subjective de la victime dans l’expérience d’écriture et d’enregistrement en ligne, ce qui permet au sujet d’examiner de façon critique son statut par rapport aux discours normalisateurs, en quête d’affirmation de nouveaux moyens d’expression subjective, politique et sociale.

Bibliographies de l'auteur

Angie Biondi, Universidade Tuiuti do Paraná (UTP)

Doutora em Comunicação Social pela UFMG. Pós-doutora pela Université du Quebec à Montréal, Canadá, professora do programa de Pós-Graduação em Comunicação e Linguagens da UTP.

Angela Cristina Salgueiro Marques, UFMG

Doutora em Comunicação Social pela UFMG. Pós-doutora em Ciências da Comunicação pela Université Stendhal, Grenoble III. Professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da UFMG.

Références

Barros, V. A. ; Silva, L. R. da. (2002). A pesquisa em história de vida. In I. B. Goulart (org.), Psicologia Organizacional e do Trabalho : teoria, pesquisa e temas correlatos (pp. 134-158). São Paulo : Casa do Psicólogo.

Bruno, F. (2013). Máquinas de ver, modos de ser. Porto Alegre : Sulina.

Butler, J. (2015). Relatar a si mesmo. Belo Horizonte: Autêntica.

Butler, J. (2011). Vida precária. Contemporânea – Revista de Sociologia da UFSCar, (1) : 13-33. São Carlos.

Fassin, D. & Rechtman, R. (2011). L´empire du traumatisme. Enquête sur la condition de victime. Paris : Flammarion.

Foucault, M. (2004). A ética do cuidado de si como prática da liberdade. In. M. Foucault, Ética, sexualidade e política (pp. 264-287). Rio de Janeiro : Forense Universitária.

Foucault, M. (1995). O sujeito e o poder. In P. Rabinow & H. Dreyfus (eds.), M. Foucault : uma trajetória filosófica para além do estruturalismo e da hermenêutica (pp.231-250). Rio de Janeiro : Forense Universitária.

Foucault, M. (1984). Les techniques de soi. In D. Defert, F. Ewald & J. Lagrange (eds.), Dits et écrits. 1954-1988. Paris : Gallimard.

Goldemberg, M. (2004). A arte de pesquisar. Como fazer pesquisa qualitativa em ciências sociais. Rio de Janeiro : Record.

Hine, C. (2004). Etnografía virtual. Barcelona : Editorial UOC.

Hine, C. (2015). Ethnography for the Internet : embedded, embodied and everyday. London: Bloomsbury Academic.

Lazzarato, M. (2014). Signos, máquinas, subjetividades. São Paulo : Edições Senac, N-1 edições.

Pelbart, P. P. (2013). Subjetivação e dessubjetivação. In P. P. Pelbart, O avesso do niilismo : cartografias do esgotamento (pp. 225-236). São Paulo : N-1 edições.

Rago, M. (2013). A aventura de contar-se : feminismos, escrita de si e invenções da subjetividade. Campinas : Editora Unicamp.

Recuero, R. ; Fragoso, S. & Amaral, A. (2013). Métodos de pesquisa para internet. Porto Alegre : Sulina.

Redação Marie Claire (2016, janeiro 7). Jovem ativista relata estupro nas redes sociais minutos após agressão. Revista Marie Claire. Globo.com G1. Disponível em : http://revistamarieclaire.globo.com/Web/noticia/2016/01/jovem-ativista-relata-estupro-nas-redes-sociais-minutos-apos-agressao.html. Acesso em 09 fev. 2016.

Redação G1 (2015, março 6). Termina o prazo da comissão que apura denúncia de assédio na UFSCar. Globo G1. Disponível em : http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2015/03

/termina-o-prazo-de-sindicancia-que-apura-denuncia-de-assedio-na-ufscar.html. Acesso em 18 jan. 2016.

Sarti, C. (2011). A vítima como figura contemporânea. Caderno CRH, 24(61) : 51-61.

Sibilia, P. (2008). O Show do Eu : a intimidade como espetáculo. Rio de Janeiro : Nova Fronteira.

Staufenberg, J. (2016, janeiro 11). Instagram ‘removes’ post by activist Amber Amour ‘live blogging’ her rape. The Independent Journal. Disponível em : www.independent.co.uk/news/world/africa/instagram-removes-post-by-activist-amber-amour-live-blogging-her-rape-a6805491.html. Acesso em 27 fev. 2016.

Valadier, P. (2011) Apologie de la vulnérabilité. Études, (414) : 199-210.

Vaz, P. (2010). A vida feliz das vítimas. In J. Freire Filho (org.), Ser Feliz hoje : reflexões sobre o imperativo da felicidade (pp. 135-164). Rio de Janeiro : FGV.

Téléchargements

Publiée

2018-12-18