Do hegemónico ao total. Algumas leituras prescientes da nova ordem de comunicação e dominação
Resumen
Tendo como pano de fundo o conceito de hegemonia nas suas releituras culturalistas neogramscianas, propõe-se uma reflexão em torno de cinco autores (os distopistas Huxley e Orwell e os ensaístas Debord, Postman e Mailer) os quais, no seu conjunto, protagonizam, no entendimento aqui adotado, uma presciência da supremacia neototalitária contemporânea, baseada em, então, inexistentes ou incipientes novas práticas de governança e dominação, que envolvem a injunção jurídico-moral no político (Tonelli), a ampliação incomunicante da comunicação (Sfesz), as novas técnicas de produção maciça de verosimilhança e de controlo do imaginário (Bragança de Miranda), e o caráter “terapêutico” da produção de poder (López-Petit), da sua produção de prazer (Tocqueville, Foucault) e da sua produção de ameaça (Luhmann) nos regimes de oligarquia liberal (Castoriadis) que se autoproclamam como “democracias”. O ponto de partida é a asserção enunciada por Mário de Sottomayor Cardia segundo a qual “as ditaduras modernas e contemporâneas são frequentemente democráticas”.
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