O Jornal do Commercio e as manifestações sobre o impeachment de Dilma Rousseff: a distorção patológica da comunicação para usurpação da representação política

Autores

  • Heitor Costa Lima da Rocha Universidade Federal de Pernambuco
  • Laís Cristine Ferreira Cardoso Universidade Federal de Pernambuco

Palavras-chave:

jornalismo, impeachment, manipulação, patologia política.

Resumo

A presente comunicação analisa a cobertura do periódico recifense Jornal do Commercio das manifestações populares relacionadas ao impeachment de Dilma Rousseff realizadas em 2016, a partir da hipótese de que houve uma distorção sistemática da mídia noticiosa para produzir um pseudo-consenso patológico com o propósito de legitimar o golpe parlamentar. A pesquisa desenvolveu uma metodologia qualiquantitativa combinando os métodos de Análise de Conteúdo e Análise do Discurso. Especificamente, o trabalho buscou verificar o posicionamento do jornal acerca das manifestações, avaliando como as disputas políticas foram enquadradas, e constatou a hipótese de criminalização dos protestos contrários ao impeachment nos juízos de valor emitidos nas matérias.

Referências

(2016, abril 17). Para mudar o Brasil. Jornal do Commercio, p. 8.

(2016, março 19). Aliados de Lula e Dilma fazem manifestação em todos os estados. O Globo, p.1.

(2016, março 19). Ato pró-governo reúne 95 mil na Paulista, calcula Datafolha. Folha de S. Paulo, p. A1.

(2016, março 18). Reação institucional. Jornal do Commercio, p. 6.

(2016, março 15). Sem caminho fácil. Jornal do Commercio, p. 6.

(2016, março 16). Um ‘basta’ das ruas a Dilma, Lula e PT . O Globo. Disponível em https://oglobo .globo.com/opiniao/um-basta-das-ruas-dilma-lula-pt-18875454#ixzz4o9Ib9GMr

(2016, março 14). Ato Anti-Dilma é o maior da história. Folha de S. Paulo, p. A1.

(2016, março 14). Ato em SP supera Diretas. Jornal do Commercio, p. 3.

(2016, março 14). Brasil vai às ruas contra Lula e Dilma e a favor de Moro. O Globo, p.1. (2016, março 14). Eventos Isolados pró-Dilma e Lula. Jornal do Commercio, p. 6.

(2016, março 14). O golpe das ruas. Jornal do Commercio, p. 5.

(2016, março 14). Protesto põe mais pressão sobre Dilma. Jornal do Commercio, p. 2.

(2016, março 14). Recorde também em PE. Jornal do Commercio, p. 4.

(2016, março 13). Mais um termômetro das ruas. Jornal do Commercio, p. 3.

(2016, março 12). Não tenho cara de quem vai renunciar. Jornal do Commercio, p. 1. Aguiar, S. (2016). Plim, plim contra a democracia. Caros Amigos, XIX(81), 17-19.

Barbosa, B. & Martins, H. (2016). Os atos pró-democracia e a narrativa do golpe na grande mídia. Carta Capital, 21 mar 2016. Disponível em: www.cartacapital.com.br/blogs/intervozes/os- atos-pro-democracia-e-a-narrativa-do-golpe-na-grande-midia

Bardin, L. (2002). Análise de conteúdo. Portugal: Edições 70.

Bobbio, N. (1997). O futuro da democracia: uma defesa das regras do jogo. (6a ed). Rio de Janeiro: Paz e Terra.

Chizzotti, A. (2006). Pesquisa em ciências humanas e sociais. (8a ed.). São Paulo: Cortez.

Chomsky, N. (2013). Mídia: propaganda política e manipulação. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes.

Habermas, J. (1997). Direito e democracia: entre facticidade e validade. v.2. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro.

Miguel, L. (2016). Quatro poderes e um golpe. In A. Freixo & T. Rodrigues (orgs), 2016, o ano do Golpe (pp. 96-115). Rio de Janeiro: Oficina Raquel.

Nóbrega, C. (2016, abril 28). O olhar da imprensa internacional sobre o impeachment no Bra- sil. Carta Capital. Disponível em: www.cartacapital.com.br/blogs/intervozes/o-olhar-da- imprensa-internacional-sobre-o-impeachment-no-brasil.

Souza, J. (2016). A radiografia do golpe: entenda como e por que você foi enganado. Rio de Janeiro: Editora Leya.

Downloads

Publicado

2018-06-04