Vulgo Grace & o paradigma indiciário: os percursos do psicanalista-detetive no romance de Atwood
Palabras clave:
paradigma indiciário, crime, narrativa policial, detetive, romance de época.Resumen
Um dos difusores do método indiciário no século XIX, o romance policial constrói sua narrativa em cima do mistério que envolve o crime. Notabilizado por Edgar Allan Poe, o gênero desliza e se adapta de acordo com as questões de sua época e de seu contexto histórico. Neste artigo, busca-se refletir a obra Vulgo Grace (2017), de Margaret Atwood, a partir das convenções do gênero policial com o intuito de perceber a presença do paradigma indiciário, aqui utilizado como um percurso metodológico, na investigação da culpabilidade da protagonista do romance. Caminho investigativo trabalhado pelo médico, com técnicas detetivescas mescladas aos conhecimentos dos estudos da mente, ainda embrionários à época. As pistas deixadas pela acusada vão dividir espaço com situações que evidenciam a dificuldade de definir uma verdade única, fazendo um jogo ilusório com o detetive-psicanalista em que culpas, omissões e responsabilidades se entrelaçam e impedem a certeza dos fatos.
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