Semioses de uma cartografia: os coletivos sociais na produção de novos regimes de visibilidade
Palabras clave:
Semiose, Cultura Midiática, CartografiaResumen
O presente trabalho propõe uma cartografia de coletivos sociais para compreender os arranjos éticos e políticos por eles produzidos na cultura midiática. O ponto de partida é o coletivo Movimento Cultural Ermelino Matarazzo, da Zona Leste de São Paulo. Pela Semiótica da Cultura, compreendemos as dinâmicas culturais do coletivo nas articulações de memórias, fronteiras semióticas e semioses que em suas ressonâncias midiáticas funcionam como elementos culturais de diferença. As sociabilidades que se desenvolvem internamente, ao se manifestarem em meio a diferentes subjetividades, indicam um mapa de mediações – que se desenvolve na participação de artistas, educadores, moradores do bairro etc. O objetivo é demonstrar como as dinâmicas culturais e suas semioses, num traçado cartográfico, produzem novos regimes de visibilidade, ao inscreverem focos de experiências de lutas sociais situadas. As descrições do coletivo de Ermelino abrem a possibilidade de incluir outros coletivos numa cartografia de ativismos na contemporaneidade e suas expressões nas mídias.
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