Uma reflexão em torno de “A Árvore dos Antepassados” de Licínio de Azevedo / Thoughts on “The Tree of the Ancestors” by Licínio de Azevedo
Palavras-chave:
Cinema, documentário, semiótica, leituras / Cinema, documentary, semiotics, readingsResumo
O artigo é uma reflexão sobre o filme “A árvore dos Antepassados” de Licínio de Azevedo, de 1994. Esta assenta na consideração da obra cinematográfica como objeto semiótico, segundo a teoria de Charles Pierce. Nesta perfectiva, assume-se a obra como um objeto que se sustenta na possibilidade de receber uma interpretação em relação a si mesma, como uma estrutura complexa. Cada elemento da estrutura incorpora um significado, uma agregação e uma projeção sucessiva dos valores de um todo em relação aos sujeitos, à obra e à sociedade. Neste, a obra configura-se, pois, como um signo mediador entre o sujeito emissor (o artista) e os sujeitos recetores (o público), não só com incidência para um recetor como indivíduo, mas também enquanto integrante de um coletivo. O filme, que explora a imagem de forma multifacetada, oferece muitas possibilidades de leitura.
The article is a reflection on the film “The ancestors’ tree” Licínio de Azevedo’s movie, of 1994. This one rests in the consideration of the cinematographic work as a semiotic object, according to Charles Pierce theory. In this perspective, the movie is assumed as sign, an object that is based on the possibility of receiving an interpretation in relation to itself, as a complex structure. Each element of the structure incorporates a meaning, an aggregation and a successive projection of values of a whole in relation to the subjects, the object of art, in this case the movie and the society. In this perspective, the film is therefore a mediating sign between the subject (the artist) and the recipients (the audience), not only with an impact on a recipient as an individual, but also as a member of a society.
Referências
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