A performance como dispositivo de produção do artifício em Lady, de Ira Sachs
Resumo
O artigo apresenta uma análise do curta-metragem queer Lady, do cineasta estadunidense Ira Sachs (1993), escrito e protagonizado pela atriz e dramaturga lésbica Dominique Dibbell. Em diálogo com Comolli (2008), Brasil (2011), Lopes (2022; 2016) e Sontag (2020), propõe-se pensar a questão da auto-mise en scène como um problema de performance colocado pelo filme que, a partir do corpo e da voz em cena de uma mulher nunca identificada, inscreve tanto a ficção no documentário quanto o documentário na ficção. Ao longo do texto, são estabelecidas relações entre performance, políticas de gênero e artifício para refletir sobre os modos como o filme produz, em seu projeto estético, imbricações incontornáveis entre vida e imagem a partir do encontro entre cineasta, câmera e atriz.
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