Porno-etno-grafia: ensaio sobre o documentário na sociedade da transparência

Autores/as

  • Bruno Braga Rangel Villela Mestre pelo PROLAM-USP
  • Gustavo Soranz Professor Doutor do Centro Universitário Fametro, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Curso de Jornalismo.

Palabras clave:

documental, transparencia, pornografía, etnografía, pandemia, Byung-Chul Han

Resumen

A partir del muy breve episodio documental de Rachel Morrison en la serie
de Netflix Homemade –una antología de cortometrajes producidos en las condiciones creadas por el aislamiento social causado por la pandemia de Covid-19– esbozamos un ensayo sobre el documental brasileño contemporáneo, difuminado entre la visibilidad pornográfica y la etnográfica, en una sociedad donde la evidencia se convierte en auténtica transparencia (Byung-Chul, 2017).

Biografía del autor/a

Bruno Braga Rangel Villela, Mestre pelo PROLAM-USP

Bruno Villela é Mestre pelo Prolam-USP, com pesquisa sobre arepresentação do trabalhador no documentário social argentino e brasileiro, orientado por Afrânio Catani. Possui Bacharelado e Licenciatura em Filosofia pela Universidade de São Paulo. Roteirizou e dirigiu as séries documentais Nova Amazônia (TV Brasil) e Índio Presente (Canal Futura); e as animações Mezanino (2019) e Adeus, querido Mandí (2020-inédito). Foi professor convidado no curso de Audiovisual da Univesidade do Estado do Amazonas entre 2013 e 2017. É autor de Bailéu Dub (Editora Valer, 2015); O azul dos seres subterrâneos (Editora Patuá, 2018) e o ebook Quarentena (Edição do Autor, 2020). Atualmente integra como roteirista o Núcleo Criativo da Rizoma Audiovisual, em Manaus, financiado pelo FSA (Prodav 03 2017) onde desenvolve projetos documentais acerca da relação dos povos originários com a modernidade; e é sócio da Cambará Filmes. Desde 2018 reside em Brasília. 

Gustavo Soranz, Professor Doutor do Centro Universitário Fametro, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Curso de Jornalismo.

Possui graduação em Comunicação Social, pela Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep), mestrado em Sociedade e Cultura na Amazônia, pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e doutorado em Multimeios, pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). É professor do Centro universitário Fametro. É pesquisador do Núcleo de Antropologia Visual, da Ufam, e do grupo Documentação e Experimentação em Sistemas Audiovisuais, da Unicamp. Coordenou a pesquisa Filmografia amazonense: análise de curtas-metragens produzidos no Amazonas de 1960 a 1990, com financiamento da Fapeam. Tem experiência em gestão acadêmica, docência e pesquisa na área de Artes e Comunicação, com ênfase em Cinema e Televisão, atuando principalmente nos seguintes temas: divulgação científica, produção audiovisual, estética audiovisual, filme documentário e cinema no Amazonas. Tem experiência como avaliador de editais nacionais e regionais de fomento à produção audiovisual e como júri de prêmios de roteiro e de curtas-metragens. Atualmente é parecerista do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA/Ancine) e da Secretaria Especial de Cultura do governo federal. Foi curador da Mostra Amazônica do Filme Etnográfico (2006-2011). Publicou artigos em revistas científicas nacionais e internacionais. Publicou os livros Território imaginado ? imagens da Amazônia no cinema (Muiraquitã, 2012) e O cinema de Trinh T. Minh-ha ? intervalos entre antropologia, cinema e artes visuais (Sulina, 2019). Foi um dos organizadores do livro Imagens que falam: olhares contemporâneos sobre cinema, fotografia e audiovisual (IAR/Unicamp, 2015). É sócio da Rizoma Audiovisual, produtora de conteúdo para cinema, TV e internet. Atualmente lidera o Núcleo Criativo Rizoma Audiovisual (Prodecine 03/2017), onde estão sendo desenvolvidos 06 projetos de documentários. Escreveu e dirigiu os documentários A Amazônia segundo Evangelista (2011), Gentil (2018) e a série documental Amazônia Postal (2018).

Citas

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Filmografia

Bandidos na TV (2019), de Daniel Bogado.

Bicicletas de Nhanderu (2012), do Coletivo Mbya-Guarani de Cinema.

Bixa Travesty (2019), de Claudia Priscila e Kiko Goifman.

Blowjob (1964), de Andy Warhol.

Democracia em Vertigem (2019), de Petra Costa.

Homemade – Episode Rachel Morrison (2020), de Rachel Morrison.

O processo (2018), de Maria Augusta Ramos.

Torre das Donzelas (2018), de Susanna Lira.

Yãmiyhex: As mulheres-espírito (2020), de Sueli e Isael Maxakali.

Páginas web

Antropofagia Icamiaba: https://antropofagia-icamiaba.hotglue.me/

Brasil Paralelo: www.youtube.com/channel/UCKDjjeeBmdaiicey2nImISw/featured

Canal Top 10: www.youtube.com/channel/UC9A70zHWT__VE5oWmTg2-xA

Pornhub: https://pt.pornhub.com/

Publicado

2021-03-29