Filmar de perto: estética da proximidade na Trilogia da Justiça de Maria Augusta Ramos

Autores

Palavras-chave:

encenação, cinema observativo, análise fílmica, Justiça, Juízo, Morro dos Prazeres

Resumo

Este ensaio analisa a Trilogia da Justiça de Maria Augusta Ramos com o objetivo de entender como os filmes constroem uma estética da proximidade, por meio de um método de observação que combina a duração do olhar (plano) e a atenção ao gesto (quadro). Filmar de perto é uma forma-filme que permite construir os sentidos da proximidade e promover uma experiência sensível que possibilita tremular as crenças estabelecidas diante do outro estigmatizado.

 

Biografia Autor

Daniela Duarte Dumaresq, Curso de Cinema e Audiovisual - Universidade Federal do Ceará

Doutora pela Universidade de São Paulo, Mestre pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e Jornalista pela Universidade Federal do Ceará. Atualmente é professora associada da Universidade Federal do Ceará, lotada no curso de Cinema e Audiovisual.

Referências

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Filmografia

Carandiru (2003), de Hector Babendo. Cidade de Deus (2002), de Fernando Meirelles e Kátia Lund.

Juízo (2007), de Maria Augusta Ramos.

Justiça (2004), de Maria Augusta Ramos.

Morro dos Prazeres (2013), de Maria Augusta Ramos.

Notícias de uma guerra particular (1999), de Katia Lund e João Moreira Salles.

O prisioneiro da grade de ferro (2003), de Paulo Sacramento.

Ônibus 174 (2002), de José Padilha.

Orfeu (1999), de Cacá Diegues.

Remontagem (Reassemblage, 1982), de Trinh T Minh-ha.

Tropa de elite (2007), de José Padilha.

Tropa de elite 2: o inimigo agora é outro (2010), de José Padilha.

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Publicado

2021-09-30