Marker, Varda e a Revolução Cubana: associações surrealistas, o trabalho com clichês e o exotismo
Palavras-chave:
Cuban Revolution, Chris Marker, Agnès Varda, surrealism, exoticism, musicResumo
Os cineastas europeus Chris Marker e AgnèsVarda, convidados pelo ICAIC, realizaram os documentários Cuba si (1961 – 1963) e Salut les cubains (1963), nos quais observamos associações surrealistas no comentário over e nas relações deste e outros sons com as imagens, com amplo uso de ironia no trabalho com os clichês. No entanto, discutimos até que ponto esses filmes não acabariam resvalando um exotismo, especialmente quanto à presença da música e da dança.Referências
Aguiar, C. de (2013). A Revolução Cubana nos documentários de Chris Marker.
Estudos Históricos (Rio de Janeiro), 26(51): 35-54. www.scielo.br/s
cielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-1862013000100003&lng=en
&tlng=pt. Acesso: 15 mar. 2019.
Albuquerque, M. (2014). Sobre ima[r]gens etnográficas. Iluminuras, 15(35): 102-125.
Alter, N. (2006). Chris Marker. Chicago: University of Illinois Press.
Bamba, M. (2009). Jean Rouch: cineasta africanista?. Devires, 6(1): 92-107.
Baudrillard, J. & Guillaume, M. (1994). Figures de l’altérité. Paris: Descartes & Cie.
Breschand, J. (2004). La voix là. In C. Ermakoff & P. Morissey (coord.), Voix off: qui nous parle? (dossier). Vertigo, 26.
Breton, A. (1975). Manifestes du surréalisme. Paris: Gallimard.
Clifford, J. (1998). Sobre o Surrealismo Etnográfico. In J. Gonçalves (org.), A experiência etnográfica: Antropologia e Literatura no séc. XX. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ.
Corrêa, M. (1996). Sobre a invenção da mulata. Cadernos Pagu, (6-7): 35-50.
Dreyer, S. (2007). Rhétorique de l´engagement critique: regards de cinéastes et écrivains français sur la révolution cubaine (années 1960 et 1970). Sens Public. www.sens-public.org/article.php3?id_article=371. Acesso: 3 fev. 2019.
Gorbman, C. (2012). Finding a voice: Varda’s early travelogues. SubStance, 41(2).
Didi-Huberman, G. (2003). Images malgré tout.Paris: Minuit.
Kneese, T. (2005). La mulata: Cuba’s national symbol. Annual Proccedings of the Association for the Study of Cuban Economy, (15): 444 - 452.
Lupton, C. (2005). Chris Marker: memories of the future. London: Reaktion Books.
Mardore, M. (1964). Conga no. Cahiers du cinéma, (152), février.
Marker, C. (1961). Commentaires. Paris: Seuil.
Mayer, A. (2010). A categoria “Mulata” e a negação de sua própria libertação como negra e como mulher. Mosaico Social, 5(5): 250-267.
Peñuela Canizal, E. (2009). Surrealismo. In F. Mascarello (org.), História do Cinema Mundial. 5. ed. Papirus: Campinas.
Segalen, V. (1978). Essai sur l´exotisme: une esthétique du divers (notes). Paris: Fata Morgana.
Stam, R. & Shohat, E. (2006). Crítica da imagem eurocêntrica: multiculturalismo e representação. São Paulo: Cosac Naify.
Todorov, T. (1989). Nous et les autres: la réflexion française sur la diversité humaine. Paris: Seuil.
Vanier, A. (1964). Les malheurs de Jacqueline. Les Lettres Françaises, (27), août.
Varda, A. (1994). Varda par Agnès. Paris: Cahiers du Cinéma.
Vignaux, V. (2015). ‘Salut les Cubains’ d’Agnès Varda ou cinécriture et cinéma politique. In C. Chéroux & K. Ziembinska-Lewandowska (org.), Varda/Cuba. Paris: Éditions du Centre Pompidou.
Ziembinska-Lewandowska, K. (2015). Socialisme et cha-cha-cha: Cuba 1963 vue par Agnès Varda. In C. Chéroux & K. Ziembinska-Lewandowska (org.), Varda/Cuba. Paris: Éditions du Centre Pompidou.
Filmografia
À bientôt, j´espère (1968), de Chris Marker.
As estátuas também morrem (Les statues meurent aussi, 1953), de Chris Marker e Alain Resnais.
Buena Vista Social Club (1999), de Wim Wenders.
Cléo das 5 à 7 (1962), de AgnèsVarda.
Cuba baila (1960), de García Espinosa.
Cuba sí! (1961-1963), de Chris Marker.
Description d’un combat (Descrição de um combate, 1960), de Chris Marker.
Dimanche à Pekin (1956), de Chris Marker.
Django Reinhardt (1959) de Paul Paviot.
Du côté de la Côte (1958), de Agnès Varda.
La bataille des dix millions (A batalha dos dez milhões, 1970).
La Jetée (1962), de Chris Marker.
La mer et les jours (1958), de Raymond Vogel e Alain Kaminker.
La Pointe Courte (1954), de Agnès Varda.
Le joli Mai (1963), de Chris Marker.
Le mystère de l´atelier quinze (1957) de Alain Resnais.
Le siècle a soif (1959), de Raymond Vogel.
Lettre de Sibérie (Carta da Sibéria, 1958), de Chris Marker.
Loin du Vietnam (Longe do Vietnã, 1968), de Chris Marker e outros.
L’Opéra-mouffe (1958), de Agnès Varda.
Nuit et brouillard (Noite e neblina, 1955), de Alain Resnais e Chris Marker.
Olympia 52 (1952), de Chris Marker.
O mistério Koumiko (1965), de Chris Marker.
On vous parle de... (1969-1973, série com vários curtas-metragens), de Chris Marker.
O saisons, ô châteaux (1957), de Agnès Varda.
Robin Hood (1922), de Allan Dwan.
Salut, les cubains! (1963), de Agnès Varda.
Sans soleil (1983), de Chris Marker.
Si j’avais quatre dromadaires (Se eu tivesse quatro dromedários, 1966), de Chris Marker.
Downloads
Publicado
Edição
Secção
Licença
A DOC On-line adota uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial na DOC On-line, ou seja:
1) Ao submeter um artigo, os autores cedem os seus direitos de primeira publicação à revista DOC On-line.
2) Após publicação na DOC On-line, os autores poderão re-publicar o seu trabalho, online ou em versão impressa, devendo mencionar a publicação original na revista DOC On-line.