Entre o profano e o sagrado: ritos, símbolos e mitos na campanha de um time de futebol brasileiro

Autores

  • Heloisa Juncklaus Preis Moraes Universidade do Sul de Santa Catarina
  • Lucas Pereira Damazio Universidade do Sul de Santa Catarina
  • Luiza Liene Bressan Centro Universitário Barriga Verde

Palavras-chave:

Espaço sagrado, Símbolos, Herói, Mito, Futebol

Resumo

Este estudo objetiva compreender o sagrado a partir do espaço de um campo de futebol, os símbolos evocados pelo nome do estádio e, principalmente, a aura de glória expressa pelo nome de um atleta que fez parte de um momento histórico na existência do clube brasileiro Palmeiras que defendeu no ano de 2015. Para empreender a pesquisa, elaboramos um escopo teórico baseados nos postulados de Eliade, estudioso do sagrado e de suas manifestações. Também, pelo viés dos conceitos da psicologia junguiana, do imaginário de Durand e Maffesoli,
tecemos argumentos que fortalecem a análise realizada. Como metodologia, utilizamos a mitocrítica, método de análise proposto por Durand ao conceber a teoria antropológica dos estudos da imagem. Esta
metodologia nos permite analisar, a partir dos símbolos, a narrativa mítica que se enreda nos objetos culturais, neste caso, a questão do sagrado associada símbolos conquistas de um time de futebol. Os
estudos apontaram a imbricação entre sagrado, simbologia e mitos que se presentificam na relação entre uma torcida apaixonada, o nascimento de um herói e de seu espaço sagrado.

Biografias Autor

Heloisa Juncklaus Preis Moraes, Universidade do Sul de Santa Catarina

Doutora. Professora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Linguagem da Universidade do Sul de Santa Catarina, Brasil. Líder do Grupo de Pesquisas do Imaginário e Cotidiano.

Lucas Pereira Damazio, Universidade do Sul de Santa Catarina

Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Linguagem da Universidade do Sul de Santa Catarina, Brasil. Membro do Grupo de Pesquisas do Imaginário e Cotidiano.

Luiza Liene Bressan, Centro Universitário Barriga Verde

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Linguagem da Universidade do Sul de Santa Catarina, Brasil. Membro do Grupo de Pesquisas do Imaginário e Cotidiano.

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Publicado

2018-12-18