In/visibilidades de gênero, pessoas trans e banheiros públicos
Palavras-chave:
banheiros públicos, estudos de gênero, Reddit, Trans Studies, transgêneros.Resumo
Este artigo busca investigar os acionamentos dos regimes de visibilidade de gênero em sua relação com o uso de banheiros públicos. Para tanto, parte de uma revisão teórica com foco nos Trans Studies, e aprofunda os efeitos práticos através de uma etnografia digital realizada nas comunidades de pessoas trans na plataforma de fóruns Reddit. Demonstramos certas complexidades que envolvem o tema, em especial na exigência de uma performatividade inequívoca de marcadores estereotípicos de gênero, para que o uso de banheiros públicos seja franqueado; e como tais dispositivos não se aplicam apenas às pessoas gênero-variantes, mas também às pessoas cisgênero.Referências
ALVES, Cláudio & MOREIRA, Maria. (2015). Do uso do nome social ao uso do banheiro: (trans)subjetividades em escolas brasileiras. Quaderns de Psicología, v. 17, n. 3, p. 59-69.
BEAUCHAMP, Toby. (2019). Going Stealth: Transgender Politics and U.S. Surveillance Practices. Durham: Duke University Press.
BETTCHER, Talia. (2014). Trapped in the Wrong Theory: Rethinking Trans Oppression and Resistance. Signs: Journal of Women in Culture and Society, v. 39, n. 2, p. 383-406.
BERGMAN, Bear. (2010). Butch Is a Noun. Vancouver: Arsenal.
CONNELL, Catherine. The Politics of the Stall: Transgender and Genderqueer Workers Negotiating “the Bathroom Question”. In: BOBEL, Chris & KWAN, Samantha (eds.). (2011). Embodied Resistance: Challenging the Norms, Breaking the Rules. Nashville: Vanderbilt University Press. p. 175-185.
ERICKSON-SCHROTH, Laura & JACOBS, Laura. (2017). “You're in the Wrong Bathroom!”: and 20 Other Myths and Misconceptions about Transgender and Gender-nonconforming People. Boston: Beacon Press.
HALBERSTAM, J. (1998). Female Masculinity. Durham: Duke University Press.
JAMES, Sandy et al. (2016). The Report of the 2015 U.S. Transgender Survey. Washington: National Center for Transgender Equality. Disponível em: <https://transequality.org/sites/default/files/docs/usts/USTS-Full-Report-Dec17.pdf>. Acesso em: 20/05/23.
KUBERSKI, Philip. (2004). Plumbing the Abyss: Stanley Kubrick’s Bathrooms. Arizona Quarterly: A Journal of American Literature, Culture, and Theory, v. 60, n. 4, p. 139-160.
PRECIADO, Paul. (2019a). “Soy un disidente del sistema sexo-género”. [Entrevista concedida a] Anna Péres Pagès. Àrtic. Barcelona: Betevé, 12 de abril. Programa de TV. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Aa-RiOuYiE4>. Acesso em: 20/05/23.
PRECIADO, Paul. (2019b). Lixo e Gênero, Mijar/Cagar, Masculino/Feminino. Performatus, v. 7, n. 20. Disponível em <https://performatus.com.br/traducoes/lixo-e-genero/>. Acesso em: 20/05/23.
RUBIN, Henry. (2003). Self-Made Men: Identity and Embodiment among Transsexual Men. Nashville: Vanderbilt University Press.
SERANO, Julia. (2016). Whipping Girl: A Transsexual Woman on Sexism and the Scapegoating of Femininity. 2 ed. New York: Basic Books.
SCHUSTER, Mark, REISNER, Sari & ONORATO, Sarah. (2016). Beyond Bathrooms: Meeting the Health Needs of Transgender People. The New England Journal of Medicine, n. 375, p. 101-103.
VARELLA, Drauzio. (2016). Banheiros transgêneros. Disponível em: <https://drauziovarella.uol.com.br/drauzio/artigos/banheiros-transgeneros-artigo/>. Acesso em: 20/05/23.
Downloads
Publicado
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2023 Eikon
Este trabalho encontra-se publicado com aLicença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 3.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores conservam os direitos de autor e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir o seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
