Variações sobre o documentário de Vincent Carelli - (Des)fazendo o novelo
Keywords:
Vincent Carelli, Video in the Villages (VNA), indigenous filmmakers, documentary, indigenous peopleAbstract
The text analyzes the documentary writing of Vincent Carelli in the context of the indigenous media. The objective is to investigate how the film A festa da moça (1987), with its devices of (trans)figuration and (re)invention of the historical world, resonate in the work of Vincent Carelli and the indigenous filmmakers linked to the Video in the Villages (VNA), problematizing the perception of self, the re-enactment of tradition, the system of imagery reuse, (self) referentiality, narrative deviations, the place of the Other and the indigenous question in Brazil.
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Filmografia
A arca dos Zo’é (1993), de Vincent Carelli.
A família de Elizabeth Teixeira (2013), de Eduardo Coutinho.
A festa da moça (1987), de Vincent Carelli.
A história de Akykysia, o dono da caça (1998), de Dominique Gallois.
A morada de Hakowo (2017), de Vincent Carelli e Wewito Piyãko.
Antropofagia Visual (1995), de Vincent Carelli.
As voltas do kene (2010), de Zezinho Yube.
Boca livre no Sararé (1992), de Vincent Carelli.
Cineastas indígenas (2010), de Vincent Carelli.
Cabra marcado para morrer (1984), de Eduardo Coutinho.
Corumbiara (2009), de Vincent Carelli.
Desterro Guarani (2011), de Vincent Carelli, Ariel Ortega, Patrícia Ferreira e Ernesto de Carvalho
De volta à terra boa (2008), de Vincent Carelli e Mari Corrêa.
Eu já fui seu irmão (1993), de Vincent Carelli.
Filmando Manã Bai (2008), de Vincent Carelli.
Iauaretê – Cachoeira das onças (2006), de Vincent Carelli.
Índio na Têvê (2000), de Vincent Carelli.
Itão Kuegu: as hipermulheres (2011), de Takuma Kuikuro, Carlos Fausto e Leonardo Sette.
Kiarãsâ Yõ Sâty - O amendoim da cutia (2005), de Komoi Panará e Paturi Panará.
Krôhôkrenhum – Eu não posso morrer de graça (2011), de Vincent Carelli e Ernesto de Carvalho.
Martírio (2016), de Vincent Carelli.
Meu amigo garimpeiro (1994), de Dominique Gallois.
Mokoi Tekoá, Petei Jeguatá – Duas aldeias, uma caminhada (2008), de Ariel Ortega, Germano Benito e Jorge Morinico.
Morayngava (1997), de Virgínia Valadão e Regina Muller.
Nanook, o esquimó (1922), de Robert Flaherty
Ninguém come carvão (1991), de Vincent Carelli e Murilo Santos.
Nós e a cidade (2009), de Ariel Ortega, Germano Benito e Jorge Morinico.
O espírito da TV (1990), de Vincent Carelli.
Para os nossos netos (2008), de Vincent Carelli e Mari Corrêa.
Peixe Pequeno (2010), de Vincent Carelli e Altair Paixão.
Pemp (1988), de Vincent Carelli e Murilo Santos.
Pi’õnhitsi, mulheres xavante sem nome (2009), de Divino Tserewahú.
Placa não fala (1996), de Vincent Carelli e Dominique Gallois.
Priara Jô – Depois do ovo, a guerra (2008), de Komoi Panará.
Primárias (1960), de Robert Drew.
Qual é o jeito Zé? (1990), de Vincent Carelli.
Segredos da mata (1998), de Vincent Carelli e Dominique Gallois.
Tava, a casa de pedra (2012), de Vincent Carelli, Ariel Ortega, Patrícia Ferreira e Ernesto de Carvalho.
Terra dos Índios (1979), de Zelito Viana.
Tsõ’Rehipãr – Sangradouro (2009), de Divino Tserewahú, Tiago Campos Torres e Amandine Goisbault.
Uma escola Hunikuin (2008), de Vincent Carelli, Zezinho Yube e Mari Corrêa.
Vídeo nas Aldeias (1989), de Vincent Carelli.
Wai’a – O segredo dos homens (1987), de Virgínia Valadão.
Wai’á Rini, o poder do sonho (2001), de Divino Tserewahú.
Wapté Mnhõnõ – Iniciação do jovem xavante (1998), de Divino Tserewahú.
Yãkwa, Banquete dos Espíritos (1995), de Virgínia Valadão.
Yaõkwa – Um patrimônio ameaçado (2009), de Vincent Carelli e Fausto Campoli.
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