A memória ferida em Democracia em Vertigem:
entre o testemunho autobiográfico e a crise política brasileira
Abstract
Este artigo analisa o documentário Democracia em Vertigem (2019), de Petra Costa, a partir das relações entre memória, testemunho e crise democrática no Brasil contemporâneo. Adota-se como metodologia a análise fílmica, conforme proposta de Aumont (1999), centrada nos aspectos estéticos, discursivos e políticos da obra. A fundamentação teórica articula autores como Ricoeur (2007), Pollak (1989) e Comolli (2008). Discute-se o filme como gesto de contramemória e reinscrição da história recente por meio da narração em primeira pessoa. Conclui-se que a cineasta transforma sua experiência pessoal em um dispositivo político e simbólico de resistência, ao inscrever uma memória ferida e dissidente na esfera pública.
Palavras-chave: documentário; memória; contramemória; subjetividade; democracia.
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