Corpos interditos em Era uma vez Brasília

Autores

  • Tatiana Hora Universidade Federal de Sergipe

Palavras-chave:

arquitetura, desvio, tempo histórico

Resumo

Na análise de Era uma vez Brasília (2017), de Adirley Queirós, elaboramos
um alargamento do conceito de desvio, proposto por Guy Debord em colaboração com os situacionistas, argumentando que esse filme desvia os sentidos dos arquivos através da montagem, como também segue na contramão da história oficial e da arquitetura através da ação (ou da falta dela) dos corpos dos personagens no espaço, além das articulações complexas entre tempo histórico e tempo narrativo.

Biografia Autor

Tatiana Hora, Universidade Federal de Sergipe

Professora da Universidade Federal de Sergipe. Doutora em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais.

Referências

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Filmografia

ABC da greve (1990), Leon Hirszman.

A cidade é uma só (2011), de Adirley Queirós.

Branco sai, preto fica (2014), de Adirley Queirós.

Brasília, ano 20 (1980), de Pedro Torre.

Eles não usam black-tie (1981), ambos de Leon Hirszman.

Era uma vez Brasília (2018), de Adirley Queirós.

Greve! (1979), de João Batista de Andrade.

Linha de montagem (1982), de Renato Tapajós.

Peões (2004), de Eduardo Coutinho.

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Publicado

2020-09-23

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