Entre mujahidins e fantasmas: a improvisação e o corpo-arquivo como microcosmo do conflito Sírio / Between mujahidins and ghosts: improvisation and archive-bodies as a microcosm of the Syrian conflict

Autores

  • Sílvia Raposo FCSH - Universidade Nova de Lisboa CRIA (Centro em Rede de Investigação em Antropologia)

Palavras-chave:

Performance, memória, guerra civil Síria / Performance, memory, Syrian civil war

Resumo

O presente artigo propõe uma análise da dança teatral partindo do binómio performance / política, através do qual se perspetiva o corpo como lugar privilegiado para a análise do poder, uma vez que um corpo ao dançar posiciona-se sempre politicamente. Para tal, procura-se contextualizar a dança-teatro dos espectáculos Antes que matem os elefantes, da Companhia Olga Roriz, e Eu Sou Mediterrâneo, da Companhia Vidas de A a Z, a partir do seu percurso artístico, analisando as suas linguagens coreográficas e cénicas com o objetivo de alcançar uma compreensão do corpo que dança como um corpo que sofre as acções das relações de poder. Estudado como lugar de tensão e embate, desenvolvendo articulações com a memória e o esquecimento num jogo sensório-corporal, fala-se do corpo como arquivo e como lugar de memória e resistência, perspetivando-o como lugar privilegiado para a análise do poder.


The present paper suggests an analysis of theatrical dance departing from the binomial performance / politics, through which bodies can be perceived as priviledged places to examine power, since a dancing body is always politically invested. To achieve it, we intend to contextualize theatrical- dance after the shows Before they kill the elephants, by Olga Roriz’s Company, and I am Mediterranean, by Lifes from A to Z’s Company, following both its artistic path and the analysis of their choreographical and scenic languages, in order to achieve an understanding of the dancing body as a body that suffers the actions of power connections. Studied as a site of tension and clash, developing articulations with memory and oblivion within a sensory-corporeal game, the body is approached as archive and place of memory and resistence, reinforcing its perception as a privileged spot to inspect power.


Downloads

Publicado

2018-04-05

Edição

Secção

Artigos