Shoah de Claude Lanzmann: entre a memória da dor e a radicalidade da morte nos campos nazistas
Palavras-chave:
Shoah, Memória da dor, Radicalidade da morte, Sobrevivência, NazismoResumo
A partir do filme Shoah, o artigo se propõe a analisar as imagens que evocam uma memória da dor nos sobreviventes que dão seus testemunhos no filme de Claude Lanzmann. E concomitante a esta memória da dor, o presente texto se debruça na compreensão de uma certa abjeção ao arquivo postulada por Lanzmann e outros pensadores franceses, assim como também busca radiografar a radicalidade da morte presentificada nos campos nazistas – esta radicalidade ao mesmo tempo absoluta e irrepetível.Referências
AGAMBEN, G. (2008). O que resta de Auschwitz: o arquivo e a testemunha. São Paulo: Boitempo.
BATAILLE, G. (1973). La experiencia interior. Madrid: Taurus.
BATAILLE, G. (1988). Sartre. Paris: Gallimard.
BENJAMIN, W. (1994). O Narrador: considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. In: Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura (pp. 197-221). São Paulo: Brasiliense.
BLANCHOT, M. (2003). In the night that is watched over. In: DOBBELS, D. (org.). On the Robert Antelme’s the human race: essays and commentary (pp. 55-59). Evanston: The Malboro Press.
CANGI, A. (2003). Imagens do horror. Paixões tristes. In: SELIGMANN-SILVA, M. (org.). História, memória, literatura: o testemunho na era das catástrofes (pp. 139-169). Campinas: Editora Unicamp.
COOREN, F. (2010). Action and Agency in Dialogue: Passion, incarnation and ventriloquism. Amsterdam: John Benjamins Publishing.
DIDI-HUBERMAN, G. (2012). Imagens apesar de tudo. Lisboa: KKYM.
DIDI-HUBERMAN, G. (1998). O que vemos, o que nos olha. São Paulo: Ed.34.
FARGE, A. (2009). O sabor do arquivo. São Paulo: Edusp.
FÉDIDA, P. (2004). L’Absence . Paris: Folio.
FRIEDLÄNDER, S. (1993). Memory, History and the Extermination of the Jews of Europe. Indiana: Indiana University Press.
LACAPRA, D. (2009). Historia e memoria después de Auschwitz. Buenos Aires: Prometeo Libros.
LANZMANN, C. (1992). Le lieu et la parole. In: DEGUY, M. (org.). Au sujet de la Shoah: le film de Claude Lanzmann (pp. 290-317). Paris: Belin.
LANZMANN, C. (2001). Le monument contre l’archive. In: Cahiers de mèdiologie, n. 11 (pp. 271-279). Paris: CNRS Editions. Disponível em: http://mediologie.org/cahiers-de-mediologie/11_transmettre/lanzmann.pdf.
LANZMANN, C. (1987). Shoah: vozes e faces do Holocausto. São Paulo: Brasiliense.
LINDEPERG, S. (2009). Noche y niebla, un film en la historia. In: Cuadernos de cine documental 03 (pp. 58-73). Santa Fé: Universidad Nacional del Litoral.
NEUMANN, F. (2009). Behemot. The structure and practice of National Socialism. Oxford: Oxford University Press.
PELBART, P. P. (2000). Cinema e holocausto. In: NESTROVSKI, A.; SELIGMANN-SILVA, M. (orgs). Catástrofe e representação (pp. 171-183). São Paulo: Escuta.
SÁNCHEZ-BIOSCA, V. (2009). Sombras de guerra: las imágenes cinematográficas de la Shoah. In: Historia Social, nº 63 (pp. 111-132).
SELIGMANN-SILVA, M. (2011). Intelectual se coloca como o único porta-voz de Auschwitz. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1307201130.htm.
SPINOZA, B. (1990). Ética y tratado Teológico-Político. Cidade do México: Porrúa.
TRAVERSO, E. (2004). La singularidad de Auschwitz. Un debate sobre el uso público de la historia. In: Nueva Época, v.11, nº31, maio-agosto, México.
VIDAL-NAQUET, P. (1995). The Holocaust’s Challenge to History. In: KRITZMAN, L. (org.). Auschwitz and After: Race, Culture, and “the Jewish Question” (pp. 25-34). Nova York: Routledge.
Downloads
Publicado
Edição
Secção
Licença
A DOC On-line adota uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial na DOC On-line, ou seja:
1) Ao submeter um artigo, os autores cedem os seus direitos de primeira publicação à revista DOC On-line.
2) Após publicação na DOC On-line, os autores poderão re-publicar o seu trabalho, online ou em versão impressa, devendo mencionar a publicação original na revista DOC On-line.