Ser mulher e cineasta no Brasil: percursos invisíveis

Autores

  • Carla Conceição da Silva Paiva Universidade do Estado da Bahia – UNEB, Campus III, Juazeiro, Departamento de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Territórios Semiáridos – PPGESA. 41.150-000, Salvador

Resumo

As mulheres sempre estiveram presentes no cinema brasileiro, atuando como atrizes, mas também trabalhando na indústria cinematográfica, ocupando as mais diversas funções, como já delinearam Elice Munerato e Maria Helena Darcy (1982), no livro “As musas da matinê”, e Heloísa Buarque de Hollanda (1989), em “Quase catálogo 1: realizadoras de cinema no Brasil (1930-1988)”. Essa incorporação atrás das câmeras contribuiu para a construção de uma multiplicidade de outras imagens das mulheres, principalmente, a partir da década de setenta, auge do movimento feminista no solo brasileiro. Contudo, salientamos que, ainda hoje, a história e os estudos cinematográficos nacionais tratam timidamente a participação feminina no audiovisual, corroborando para as enormes desigualdades de gênero presentes nas relações sociais, fato facilmente comprovado pela tímida publicação destinada a análise e exposição dessas temáticas. Ser mulher e cineasta no Brasil, infelizmente, ainda significa ser invisível.

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Publicado

2018-03-30