Contrapropaganda: aplicação da estratégia negativa nos cartazes das eleições legislativas e presidenciais portuguesas de 2001 a 2016

Autores

  • Raphaël Baptista ISCSP

Palavras-chave:

contrapropaganda, cartazes políticos, cartazes contrapropagandístic

Resumo

A presente investigação foca a importância da contrapropaganda em ambiente democrático, bem como a adoção e a aposta nos cartazes políticos em campanhas eleitorais portuguesas, como “forma de se compreender melhor o presente, o funcionamento e as características do tempo contemporâneo” (Monteiro, 2013, p. 15). O objetivo do estudo é perceber a estratégia e especificidades presentes nos cartazes contrapropagandísticos. Para responder a este objetivo, apoiamo-nos no método misto: análise de conteúdo (286 cartazes) e análise semiológica (54 cartazes contrapropagandísticos). Os resultados mostram a predominância desta técnica por parte dos partidos mais pequenos e um aumento do uso dos cartazes contrapropagandísticos.

Referências

American Historical Association (2013). The story of propaganda. Consultado a 23 de Janeiro de 2017 em: www.historians.org/about-aha-and-membership/aha-history-and-archives/gi-round table-series/pamphlets/what-is-propaganda/the-story-of-propaganda

Avci, A. (2016). Winning the war of perception: american attempts to counter Germany’s military influence in Turkey during World War II. Turkish Studies, 17(1), 202-219.

Bardin, L. (2009). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.

Borba, F. (2015). Propaganda negativas nas eleições presidenciais brasileiras. Opinião Pública, 21(2), 268-295.

Cavazza, N. (2016). When political candidates “go positive”: the effects of flattering the rival in political communication. Social Influence, 11(3), 166-176.

Cirlot, J. E. (1992). Diccionario de símbolos, 2a ed. Barcelona: Editorial Labor.

Coutinho, A. (2015). O cartaz é uma arma! Um estudo da produção cartazística do MRPP entre 1974 e 1976. Dissertação de Mestrado. Consultado no Repositório da Universidade do Porto. Porto: Faculdade de Belas Artes.

Cull, N. (2015). Counter propaganda: cases from the US public diplomacy and beyond. Beyond Propaganda, Legatum Institute.

Desposato, S. (2013). A propagada negativa como instrumento democrático. Revista Compolítica, 3(2), 280-291.

Dezelan, T. & Maksuti, A. (2012). Slovenian election posters as a medium of political communication: an informative or persuasive campaign tool?. Communication, Politics & Culture, 45, 140-159.

Dolezal, M.; Ennser-Jedenastik, L. & Müller, W. (2015). Who will attack the competitors? How political parties resolve strategic and collective action dilemas in negative campaigning. Party Politics, 1-14.

Dolezal, M.; Ennser-Jedenastik, L. & Müller, W. (2016). Negative campaigning and the logic of retaliation in multiparty competition. The International Journal of Press/Politics, 21(2), 253-272.

Domenach, J. (1975). A propaganda política. Lisboa: Círculo de Leitores.

Drábik, J. (2016). Spreading the faith: the propaganda of the British Union Fascists. Journal of Contemporary European Studies, 1-15.

Dumitrescu, D. (2011). The importance of being presente: election posters as signals of electoral strenght, evidence from France and Belgium. Party Politics, 18(6), 941-960.

Dumitrescu, D. (2016). Nonverbal communication in politics: a review of research developments, 2005-2015. American Behavioral Scientists, 60(14), 1656-1675.

Eichenwald, K. (2016). Don’t blame Trump!. Newsweek Global, 166(18), 24-33.

Espírito Santo, P. (1997). O processo de persuasão política: abordagem sistémica da persuasão com referências ao actual sistema político Português. Lisboa: ISCSP-UTL.

Espírito Santo, P. (2011). A mensagem nas eleições presidenciais portuguesas: os cartazes e slogans entre 1976 e 2006. Observatorio, 5(2), 161-195.

Evonline (2017). Simbologia das cores. Consultado a 16 de maio de 2017 em: www.evonline.com. br/simbologia-das-cores/

Fernandes, J. (2013). Effects of negative political advertising and message repetition on candidate evaluation. Mass Communication and Society, 16, 268-291.

Garfield, A. (2007). The U.S. counter-propaganda failure in Iraq. Middle East Quarterly, 14(4).

Garrison, W. C. (1999). Information operations and counter-propaganda: making a weapon of

public affairs. USAWC strategy research project. Pennsylvania: U.S. Army War College.

Gatterman, K. (2017). New perspectives on negative campaigning: why attack politics matters.

European Journal of Communication, 32(1), 69-81.

Golobovante, M. & Nakagawa, R. (2012). Contra propaganda: tecnologia e persuasão na agora midiática. XIV Encuentro Latinamericano de Facultades de Comunicacion Social.

Gross, J. & Johnson, K. (2016). Twitter taunts and tirades: negative campaigning in the age of Trump. Election in Focus, 49(4), 748-754.

Hall, S. (1973). Encoding and decoding in television discourse. Birmingham: Centre for Contemporary Cultural Studies.

Jauss, R. (1979). O prazer estético e as experiências fundamentais da poiesis, aesthesis e katharsis. In L. Lima (org.), A literatura e o leitor - textos de estética da recepção. Rio de Janeiro: Paz e Terra

Johansson, B. (2014). Negativity in the public space: comparing a hundred years of negative campaigning on elections posters in Sweden. In M. Canel & K. Voltmer, Comparing political communication across time and space.

Joly, M. (2002). A imagem e a sua interpretação. Lisboa: Edições 70.

Lau, R. & Pomper, G. (2002). Effectiveness of negative campaigning in U.S. senate elections.

American Journal of Political Science, 46(1), 47-66.

Lee, B. & Campbell, V. (2016). Looking out or turning in? Organisational ramifications of online political posters on Facebook. Internacional Journal of Press/Politics, 1-31.

Lexikon, H. (1990). Dicionário de símbolos. São Paulo: Editora Cultrix.

Mandelaro-Rochester, J. ( 2016, novembro 4). Why so many negative campaign ads? They work. Futurity. Consultado a 17 de julho de 2017 em: www.futurity.org/negative-campaigns- advertising-1290122/

Mark, D. (2006). Going dirty: the art of negative campaigning. Lanham, MD: Rowman and Littlefield.

McKnight, D. (2008). ‘Not attributable to official sources’: counter-propaganda and the mass media. Media Internacional Australia, 128, 5-17.

Monteiro, G. (2013). Propaganda: análise de um conceito. Revista Intercâmbio dos Congressos de Humanidades, XVI Congresso Internacional de Humanidades, Universidade de Brasília.

Muñoz Soro, J. (2014). Política de información y contrainformación en el franquismo (1951- 1973): «El Ministerio de Información es tan importante como el de la Guerra». Revista de Estudios Politicos, (163), 233-263.

Pomerantsev, P. (2015, junho 23). Beyond Propaganda. Foreign Policy. Consultado a 24 de novembro de 2016 em: http://foreignpolicy.com/2015/06/23/beyond-propaganda-legatum- transitions-forum-russia-china-venezuela-syria/

Romerstein, H. (2008). Counterpropaganda: wWe can’t win without it. Strategic influence: public diplomacy, counterpropaganda, and political warfare, 137–180.

Russmann, U. (2012). Going negative & going positive: political parties’ communication strate- gies in election posters, campaign advertisement and press releases during the 2008 Austrian National Election Campaign. 22nd IPSA World Congress of Political Science, Madrid.

Russmann, U. (2014). Negative campaigning in party-controlled communication channels: party communication strategies in campaign posters, newspaper advertisement, and press realeases during 2008 Austrian Nation election campaign. Journal of Political Marketing, 1-23.

Russo, S. (2016). Explaining the effects of exposure to negative campaigning. The mediating role of emotions. Psicologia sociale, 3, 307-318.

Sampaio, T. (2011). Ataques e contra-ataques: campanhas negativas na disputa presidencial de 2010. Dissertação de Mestrado. Minas Gerais: Universidade Federal de Minhas Gerais.

Santos, J. (2013). O design de cartaz político no Porto (de 1974 a 1986): um estudo visual. Dissertação de Mestrado. Consultado no repositório comum: ESAD.

Santos, M. (2006). O grafismo dos cartazes político-partidários em Portugal 1969-1980. Dissertação de Mestrado. Consultado no Repositório do UTLisboa. Lisboa: FAUTL.

Teixeira, F. (2012). Comunicação política em eleições legislativas em Portugal: uma análise a partir dos cartazes eleitorais (1975-2009). Dissertação de Mestrado. Consultado no reposi- tório da ULisboa. Lisboa: ISCSP.

Toros, E. (2017). How to run the show? The differential effects of negative campaigning. Turkish Studies, 18, 297-312.

Torrezam, A. (2007). A contrapropaganda como arma na campanha eleitoral de 1922 à presidência do Brasil. V Congresso Nacional de História da Mídia, São Paulo.

Tripodi, C. (2014). Propaganda and counter-propaganda on the frontier, 1937-43. In C. Tuck, British propaganda and wars of empire influencing friend and Foe 1900-2010. London: Routledge.

Vliegenthart, R. (2012). The professionalization of political communication? A longitudinal analysis of Dutch election campaign posters. American Behavioral Scientist, 56(2), 135-150.

Waller, J. (2008). Strategic influence. Public diplomacy, counterpropaganda and political war- fare. Washington: The Institute of World Politics Press.

Walter, A. (2013). Negative campaigning in western Europe: similar or different?. Political Studies, 62(1), 42-60.

Downloads

Publicado

2018-06-04