Mitos e Jornalismo Contemporâneo - Contributos a uma abordagem científica à indexação do conteúdo jornalístico aos mitos: sistematização de uma matriz referencial de leitura do mitológico no jornal.

Autores

  • Martim Ramos Vasco Universidade da Beira Interior

Palavras-chave:

Comunicação, Cultura, Envolvente, Jornalismo, Mitos

Resumo

Os mitos existem? São ‘coisas’ erradas? Os mitos são o contrário da ciência? E pode, ou deve, a ciência contemporânea ter consideração pelo mitológico, quando se fala em ciências da comunicação? Fazemos um enquadramento do conceito de mito. Sistematizamos algumas caraterísticas apoiados na semiologia e estruturalismo, temos atenção à fenomenologia e enquadramos algumas perspetivas da psicanálise. Enquadramos o mito nos processos de comunicação. E refletimos sobre a presença dos mitos no ambiente cultural e comunicacional contemporâneo. Exemplificamos a presença dos mitos na realidade contemporânea e passamos à pergunta: a deontologia do jornalismo obriga-o à factualidade. Haverá presença do mitológico no jornalismo contemporâneo? Analisamos então alguns jornais e concluímos sugerindo uma matriz referencial da leitura do mitológico na imprensa escrita.

Biografia Autor

Martim Ramos Vasco, Universidade da Beira Interior

Departamento de Comunicação e Artes

Referências

Anderson, B. ([1991] 2017). Comunidades Imaginadas: Reflexões sobre a origem e a expressão do nacionalismo. Coleção História e Sociedade. Lisboa: Edições 70.

Barthes, R. (1957). Mitologias. Coleção Signos. Lisboa: Edições 70.

Barthes, R. (1985). A aventura Semiológica. Lisboa: Edições 70.

Barthes, R. (1989). Aula. São Paulo: Cultrix.

Baudrillard, J. (2010). A Sociedade de Consumo. Lisboa: Edições 70.

Benjamin, W. ([1980] 2012) Sobre Arte, Técnica, Linguagem e Política. Lisboa: Relógio D’Água.

Berger, P. & Luckmann, T. (1999). A Construção Social da Realidade: um livro sobre a sociologia do conhecimento. Lisboa: Dinalivro.

Bird, S, & Dardeene, W. (1987). Myth, Chronicle, and Story: Exploring the Narrative Qualities of News in Sage Annual Reviews of Communication Research. Vol 15. Media, Myths, nad Narratives: Television and Press. Sage Publications. Pp67-86.

Bourdieu, P (2005). A Economia das Trocas Simbólicas. 6ª ed. São Paulo: Perspectiva. Bourdieu, P ([2011] 2018). O Poder Simbólico. Coleção História e Sociedade. Lisboa: Edições 70.

Corrêa, R. (2016). Região Cultural - um tema fundamental in IBEROGRAFIAS, Revista de Estudos Ibéricos. nº 12, ano XII, pp: 9-20.

Correia, J. (1998). A Região e o Espaço Público: Um contributo crítico. in Regionalização : textos oportunos / coordenador António dos Santos Pereira. - Covilhã: Universidade da Beira Interior.

Correia, J.(2004). A Teoria da Comunicação de Alfred Schutz. Colecção Média e Jornalismo. Lisboa: Livros Horizonte

Damásio, A. ([1999] 2013). O Sentimento de Si: Corpo, Emoção e Consciência. Col. Temas e Debates. Lisboa: Círculo de Leitores;

Damásio, A. ([2003] 2012). Ao Encontro de Espinosa: As emoções sociais e a neurologia do sentir. Col. Temas e Debates. Lisboa: Círculo de Leitores;

Dorfles, G. (1965). Novos Ritos, Novos Mitos. Col. Arte e Comunicação. Lisboa: Edições 70;

Eliade, M. (1963). Aspectos do Mito. Col. Prspetivas do Homem. Lisboa: Edições 70.

Fromm, E (1976). A Linguagem Esquecida: Uma Introdução ao Entendimento dos Sonhos, Contos de Fadas e Mitos. 6ª edição. Rio de Janeiro:Zahar Editores;

Geertz, C. (1989). A interpretação das culturas. Rio Janeiro: Editora Gunabara Koogan.

Habermas, J. ([1981] 2013). A modernidade: um projeto inacabado. Lisboa: Nova Vega.

Han, B. (2016) No enxame: reflexões sobre o digital. Lisboa: Relógio D’Água

Harvey, D. (1992). A Condição Pós-moderna. São Paulo: Loyola.

Husserl, E. ([1901] 2007). Investigações lógicas. Vol 1-2. Lisboa: Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa.

Habermas J. ([1980] 2013). A Modernidade: Um projeto inacabado. Lisboa: Nova Vega;

Kerckhove, Derrick.(1997) A pele da cultura. Lisboa: Relógio D'Água.

Lévi-Strauss, C. ( [1978] 2018) Mito e Significado. Lisboa: Edições 70

Lipovetsky, G & Charles, S. (2014). Os Tempos Hipermodernos. Lisboa: Edições 70.

Lippmann, W. ([1922] 2008). Opinião Pública. Col. Clássicos da Comunicação Social. Rio de Janeiro: Vozes;

Lynch, K. (1960). A Imagem da Cidade. Lisboa. Edições 70.

MacLuhan, M. (1964). Os meios de comunicação como extensões do Homem. São Paulo: Cultrix.

Martins, M. (2017). Imagem e Pensamento. (2ª edição). Vila Nova de Famalicão: Húmus

Merleau-Ponty, M. ([1945] 1994). Fenomenologia da percepção. São Paulo: Martins Fontes.

Merleau-Ponty, Maurice (1991). Signos.Lisboa: Martins Fontes.

Mlodinow, L. ([2012] 2014]. Subliminar: Como o inconsciente controla o nosso comportamento. Queluz de Baixo: Marcador;

Rodrigues, A. (1999). O campo dos Media: Discursividade, narratividade, máquinas. Lisboa: Veja.

Rodrigues, A. (2000). Guarda: Pré-História, História, Arte (Monografia). Guarda: Edição Santa Casa da Misericórdia.

Schutz, A. (1970). Reflections on the problema of relevance. New Haven: Yale University Press.

Schutz, A. (1971). Collected papers, II, Studies in Social Theory. The Hague: Martinus Nijhoff

Schutz, A. (1971). Collected papers, III, Studys in Phenomenologiccal Philosofy. The Hague: Martinus Nijhoff.

Downloads

Publicado

2023-05-31

Edição

Secção

Artigos